Transportadora Digital: o que é e por que se tornar uma
Fatores como o aumento significativo e constante do e-commerce, o impulso para a distribuição omnichannel e o esforço para entregar o mais rápido possível para o cliente, estão forçando as empresas a olharem cada vez mais a logística como uma parte estratégica de seus negócios.
O conceito de Transportadora Digital surgiu em resposta às necessidades do mercado de manter a qualidade no transporte de cargas ao mesmo tempo em que diminui os custos pelo aumento da eficiência e a busca por cadeias de suprimentos mais enxutas.
A Pesquisa Visão Gestão de Fretes Brasil 2017, organizada GKO Informática com indústrias, comércios e empresas de serviços apontou que confiabilidade de prazo de entrega, oscilação na qualidade dos serviços durante o ano e informação sobre posicionamento de carga são os principais problemas relatados por essas empresas em relação às suas transportadoras.
Ainda assim, essas mesmas empresas afirmam que buscam preços mais baixos no serviço de transporte.
É aí que entra o conceito de Transportadora Digital. Com o uso da tecnologia, a ideia é que as Transportadoras Tradicionais consigam reduzir e automatizar processos para se tornarem Digitais.
Se antes ganhava espaço quem tivesse mais estrutura para oferecer ao embarcador, hoje ganha destaque quem, acima de tudo, consegue entregar inteligência nos processos logísticos através de tecnologia e conectividade.
Assim, de modo geral, as Transportadoras Digitais se propõem a oferecer serviços completos e de alta qualidade, atendimento muito mais consultivo e operações de alta eficiência.
Com isso, essas Transportadoras Tradicionais se inserem na transformação digital brasileira e não perdem espaço no mercado.
O Brasil registrou em todos os setores cerca de US$ 38 bilhões em investimentos em hardwares, softwares e serviços durante o ano de 2017 e ficou no topo da lista de investimentos em TI na América Latina, de acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES Software).
Esses dados mostram a relevância que a tecnologia tem ganhado no país, o que naturalmente se aplica ao mercado de transporte de cargas.
Transportadora Digital e o Frete 2.0
Parte essencial dessa transformação se dá pelo que tem sido chamado de Frete Digital ou Frete 2.0 (do inglês Freight 2.0), em que as transportadoras conseguem criar sua Frota Virtual composta de motoristas autônomos de caminhão do Brasil inteiro.
A principal função do mercado de fretes digitais é ser o mais eficiente possível: encontrar o motorista que combine com as necessidades da carga, a fim de diminuir custos e aumentar a satisfação tanto do comprador de frete quanto do caminhoneiro autônomo.
Isso é feito por meio de plataformas digitais como o TruckPad, que possuem um sistema online para empresas e um aplicativo de celular para os motoristas.
Assim, as empresas divulgam seus fretes e os autônomos recebem o alerta de novas cargas direto na palma da mão. Essa facilidade permite que eles consigam, de qualquer lugar, verificar todos os detalhes da carga: a distância, preço, prazo, entre outros, e optar por aceitar a carga e entrar em contato com a empresa.
Depois de contratar o frete pela plataforma, o sistema permite que os contratantes acompanhem o trajeto do motorista durante rota.
A empresa ainda tem a possibilidade de deixar avaliações pelo serviço contratado e acessar as notas deixadas por outros contratantes sobre os caminhoneiros.
E não para por aí! Plataformas de Frete Digital coletam centenas de dados ao longo da jornada, o que permite fornecer um sistema completo para, por exemplo, antecipar no-show, se precaver quanto às altas e baixas do mercado e reduzir custos na cadeia de suprimentos.
Toda a gestão do Frete 2.0 é feita online e a plataforma pode ser acessada por qualquer pessoa da empresa com o login e a senha de qualquer lugar. Isso facilita a colaboração da equipe e rapidez para agir em circunstâncias adversas.
Ao oferecer tecnologias ao setor de transporte de cargas, as Plataformas de Frete Digital entregam um alto nível de business intelligence com relatórios online que entregam insights e análises para serem aproveitadas para tomar as melhores decisões.
Transportadora Tradicional x Transportadora Digital
É comum a confusão de achar que quem é Digital não deve ter ativos físicos (no caso das transportadoras, veículos próprios e/ou centros de distribuição, entre outros).
Mas a verdade é que as Transportadoras Digitais podem, sim, ter seu próprio patrimônio. A diferença é que elas estão sempre buscando formas de usá-los de forma inteligente e eficaz.
Por que enviar um caminhão da frota para o nordeste se ele vai voltar vazio? Por que não otimizar o centro de distribuição com uma estratégia cross-docking e reduzir custos? Como ajudar a reduzir o lead time?
Além disso, um dos grandes diferenciais da Transportadora Digital é que ela oferece visibilidade para seus clientes.
Através da entrega de dashboards em tempo real (fornecidos pelas Plataformas de Frete Digital, por exemplo) e geração de inteligência em todo o processo de transporte, essas transportadoras conseguem se posicionar de forma muito mais consultiva e essencial.
Portanto, a capacidade das Transportadoras Digitais de extrair valor dos dados é uma oportunidade crescente e uma fonte de vantagem competitiva no mercado.
Infelizmente essa é a realidade de poucos: a Pesquisa Perfil das Transportadoras Brasileiras 2018 mostrou que 22% das empresas de transporte não utiliza nenhum TMS (Transportation Management System ou Sistema de Administração de Transporte) para controlar suas demandas de cargas e outros 21% dos entrevistados sequer souberam responder.
A utilização desses softwares de gestão em logística tem a função de facilitar a administração e a otimização de processos, parte fundamental da saúde de qualquer empresa.
Quando se fala em contratação de autônomos, o cenário também é ruim: as planilhas e listas próprias de contatos ainda são a principal fonte de 43% dos respondentes.
O problema desses métodos é não permitem uma gestão centralizada e são muito mais demorados, já que cada funcionário da transportadora liga para um caminhoneiro por vez até encontrar alguém interessado e disponível para carregar o frete.
Diferente do que acontece nos sistemas de Frete 2.0, não há nenhuma forma de gestão inteligente desses contatos e nem do embarque.
Portanto, o trabalho das Transportadoras Tradicionais é demorado e obviamente também ocasiona mais custos com pessoas e infraestrutura.
Veja os principais pontos de diferença entre uma Transportadora Tradicional e uma Transportadora Digital.
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Transportadora Digital e a Indústria 4.0
Cada vez mais as indústrias têm procurado por soluções de automação e troca de dados para conectar todos os seus processos e se inserir na Quarta Revolução Industrial, ou Indústria 4.0.
A relação entre a Indústria 4.0 e a logística é tão estreita que algumas pessoas falam de Logística 4.0. Portanto, é fundamental observar as mudanças e as inovações tecnológicas para manter a transportadora competitiva.
Parte desse processo vem de analisar as mudanças do mercado.
Com os avanços da Quarta Revolução Industrial, o setor logístico vai receber muitas inovações: o transporte e a gestão de estoque são alguns exemplos que podem sofrer alterações.
Nesse sentido, as Transportadoras Digitais têm se mostrado como resposta para ajudar a deixar a operação de transporte de cargas mais eficiente no país e oferecer a inteligência que o mercado procura.
Os dados e as tendências mostram que, em todos os setores, as empresas que não investirem em tecnologia e em automação de dados deixarão de existir.
Um estudo do Word Economic Forum chegou a conclusão de que, dentro de 5 ou 10 anos, algumas empresas podem se tornar obsoletas porque não terão funções associadas à inovação.
Sua empresa está preparada para essas mudanças?
O TruckPad quer ser a parceira das transportadoras que desejam se tornar digitais. Converse com um de nossos consultores e veja como podemos ajudar sua empresa!