Os indicadores econômicos fazem parte de uma metodologia de monitoramento da saúde de uma região e até de um país. Na prática, existem várias formas de medir organizadas em diferentes tipos de dados. Fique tranquilo que vamos apresentar os mais importantes bem aqui neste artigo. 

Mas por que acompanhar esses dados? Você pode estar se perguntando também por que a inflação influencia a logística? Antes de tudo, essas informações, no geral, são como termômetros para a economia. Com elas, é possível acompanhar se há crescimento ou queda. Para você entender a relevância deles, os indicadores econômicos são acompanhados bem de perto pelo próprio governo e também por investidores e empresários. Eles são muito úteis na hora da tomada de decisão. Por conta dessa importância toda, os dados são destaque em jornais e revistas. 

Quer saber mais sobre o tema? Neste artigo, vamos falar sobre:

– o que são indicadores econômicos;

– quais os principais dados disponíveis e acompanhados hoje pelo mercado nacional e internacional;

– qual a relação do índice de inflação com o transporte e qual a relação dos indicadores econômicos com o transporte carga de maneira geral;

– os impactos da inflação na logística.

O que são indicadores econômicos? 

A princípio, uma definição básica desse conceito. Mas, em outras palavras: o indicador econômico nada mais é que um instrumento que indica algo. Ele refere-se basicamente a números (dados quantitativos) e nunca a expressões qualitativas. 

Além disso, é importante que seja acompanhado de perto em diferentes períodos de tempo, para assim desenvolver análises. Somente dessa forma, por meio de análise comparativa, será possível identificar padrões, oportunidades e quedas. 

Quais os principais indicadores econômicos disponíveis e acompanhados hoje em dia?

1- PIB

Sigla de ‘Produto Interno Bruto’, esse indicador é a soma de todas as riquezas produzidas pelo país como bens, produtos e serviços. O PIB é um dos principais indicadores econômicos e está ligado diretamente ao consumo. Dessa forma, quanto maior é o consumo, maior o PIB do país.

2 – PIB PER CAPITA

O dado mede a renda média de cada cidadão, levando em consideração a divisão do PIB pelo número de habitantes da região. Assim, esse número é capaz de revelar quanto cada habitante produziu em determinado período.

Na economia, há vários assuntos são interligados. Por isso, quando um preço aumenta, o consumo reduzindo as empresas deixam de produzir (bens e serviços), o que impacta diretamente no PIB. 

3 – IDH

Sigla de Índice de Desenvolvimento Humano, que é um resumo dos três pilares básicos para o desenvolvimento humano: 

– renda;

– educação; 

– saúde.

Quanto mais próximo de 1, melhor o IDH e a qualidade de vida do cidadão daquele país.

4 – INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor, é um indicador que deve ser observado pelo varejista, pois retrata a variação de preço de mercadorias como (arroz, feijão, frutas) apontando aumento do custo de vida da população com renda até 5 salários-mínimos. O INPC mede inflação para as famílias de menor renda.

5 – IPCA

Sigla de Índice de Preços ao Consumidor Amplo. O dado também aponta a alterações de preço de 465 setores, como, por exemplo: alimentação e bebidas, artigos de residência, comunicação, despesas pessoais, educação, habitação, saúde e cuidados pessoais, transportes e vestuário.

O IPCA mede a inflação para todas as famílias, abrangendo as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 e 40 salários-mínimos.

6 – IGP-M

Sigla de Índice Geral de Preços do Mercado. O dado registra a inflação de preços variados, desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais. Costuma ser utilizado na correção de aluguéis e tarifas públicas, como conta de luz, por exemplo. 

7 – Taxa SELIC

Taxa Selic é uma média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais. Na prática, esse indicador serve como referência para todas as outras taxas que existem na nossa economia. 

Qual a relação do índice de inflação com o transporte rodoviário de carga? Entenda os impactos da inflação na logística

Como a inflação leva em consideração o consumo, há uma relação direta desse indicador econômico com a logística. De maneira geral, existem dois fatores que influenciam consideravelmente o setor, principalmente o transporte de cargas. 

Um deles é o consumo de produtos. É importante acompanhar o crescimento e a queda da inflação para entender os efeitos dela, inclusive, no dia a dia do consumidor. Isso porque o aumento dos preços afeta diretamente a compra de produtos – o que, por sua vez, pode influenciar no transporte. 

Outro grande impacto da inflação tem a ver com os gastos relacionados ao transporte,  como, por exemplo, diesel e gasolina. Os combustíveis utilizados para a locomoção de cargas podem interferir diretamente na inflação. Segundo dados recentes divulgados em 2020 no Valor Econômico, o avanço dos preços das carnes (bovina e suína), dos combustíveis e jogos de azar foram os principais pela aceleração do IPCA, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Como podemos ver na listagem, há basicamente dois produtos que afetam diretamente o dia a dia de uma transportadora: as carnes (produtos que costumam ser carregados) e os combustíveis (material necessário para a utilização do caminhão).

Qual a relação dos indicadores econômicos com o transporte carga?

Como você deve ter percebido, a economia diz muito sobre o consumo, o que impacta diretamente na entrega dos produtos, etapa feita pelo transportador de cargas. Portanto, quanto melhor a economia estiver – população com emprego, saúde e boa renda, além de empresas com atividades financeiras saudáveis -, mais resultados positivos vão bater na porta do setor logístico. Por isso, é fundamental acompanhar esses indicadores: para se preparar para os desafios do mercado, antever tendências e até possíveis oportunidades mal exploradas. 

Para se ter uma ideia da relevância do tema, existe, inclusive, um indicador que une a economia e o transporte. É o INCT, sigla de Índice Nacional da Variação de Custos do Transporte Rodoviário de Cargas. Produzido pelo departamento de economia da NTC & LOGÍSTICA, o DECOPE, o funcionamento desse indicador é bem próximo do cálculo da inflação (IPCA). A principal diferença é que, nesse caso, é considerado apenas os gastos do setor de transporte, como insumos, salários etc. 

O indicador é corrigido do mesmo modo que a inflação, ou seja, de acordo com a variação dos preços de determinados produtos e seu peso na formação do custo. Suas duas modalidades principais são: a carga fracionada e a carga lotação. Entretanto, algumas especialidades de transporte podem apresentar evolução de custos diferentes, como é o caso  das cargas líquida, frigorificada, entre outras. Para esses exemplos, existem índices específicos.

E aí, deu para entender essa sopa de letrinha que são os indicadores econômicos? Esperamos que sim. Afinal de contas, a economia pode afetar e muito a saúde da sua transportadora. Em suma, acompanhar esses dados e compará-los em diferentes períodos de tempo é uma atividade necessária para se preparar para os desafios do futuro, antever problemas e buscar alternativas mais lucrativas e seguras.

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Até a próxima!