Escoamento: conheça as melhores práticas no transporte de cargas
O escoamento, no caso do transporte rodoviário, se refere à gestão do escoamento de carga, ou seja, de como a mercadoria é carregada pelas rodovias, seja do Brasil ou do mundo afora.
Muito se engana quem pensa que o regime de escoamento não necessita de cuidados especiais. Na verdade, colocar em prática boas ações são fundamentais para que o processo de escoamento no transporte de carga seja mais eficiente e também econômico. Quer saber mais sobre esse tema e gastar menos dinheiro? Continue com a gente!
Conheça o cenário atual
O modal rodoviário é ainda o tipo de transporte mais popular realizado no país. De acordo com dados da Pesquisa Custos Logísticos, feita pela Fundação Dom Cabral, 75% dos produtos no Brasil têm fluxo de escoamento realizado via modal rodoviário, ou seja, o maior abastecimento e distribuição de cargas em âmbito nacional é todo realizado por veículos terrestres em rodovias e estradas.
Isso acontece porque esse transporte conta com mais profissionais capacitados, além de ser o mais econômico. Apesar do gasto com pedágio e do alto valor do frete, os custos da manutenção, por exemplo, são os mais baratos. No entanto, com o caminhão também, é possível transportar carga fracionada ou dividida, com entrega de ponta a ponta. Além disso, esse modelo é bastante flexível. Com ele, é possível carregar diferentes tipos de cargas, com pesos e dimensões completamente diferentes.
Mas e como estão a condição desse modelo no país hoje em dia? Bom, um dos fatores de crescimento econômico de uma nação tem a ver com as facilidade de mobilidade e acessibilidade da população – já que o deslocamento urbano entre regiões e países é uma injeção na economia -, bem como o escoamento de sua produção de mercadorias, seja no contexto nacional ou internacional.
Segundo o PNLT (Plano Nacional de Logística e Transportes), estima-se que, se a matriz de transportes brasileira fosse mais equilibrada, iríamos reduzir US$ 2,5 bilhões por ano em custos logísticos. Lançado em 2006, o plano foi fruto de uma parceria entre o Ministério dos Transportes e o Ministério da Defesa. Contudo, nesse somatório, é considerada a redução dos custos de transporte para determinadas cargas. Além disso, os fretes poderiam ser reduzidos em 62% para o modal hidroviário e de 37% no ferroviário em comparação ao rodoviário.
De acordo com dados da CNT, o transporte rodoviário tem sua maior participação no setor, contando com 61,1% das cargas, seguido do ferroviário com 20,7% e aquaviário com 13,6%. Esses três modais representam 95,4% de toda a carga transportada no país.
Os maiores desafios do escoamento de carga
1. Infraestrutura
Como falamos anteriormente, a infraestrutura deixa muito a desejar. Diversas estradas têm problemas, o que pode afetar a segurança do motorista, da carga transportada e também a qualidade do veículo. Estradas danificadas podem:
- Comprometer a durabilidade do caminhão;
- Elevar o consumo de combustível;
- Aumentar o tempo dos deslocamentos.
2. Defasagem do frete
A administração do frete é um desafio para as transportadoras, que estão buscando formas de realizar suas entregas de maneira mais rápida e segura, sem comprometer a qualidade.
Com a crise econômica, uma nova preocupação surgiu: a defasagem do frete. Neste momento de instabilidade financeira, quem trabalha com transporte de cargas precisa lidar com valores de frete mais baixos do que o usual para se tornar competitivo no mercado – o que é bem desafiador.
3. Crise econômica
A falta de dinheiro e investimento na infraestrutura do país têm afetado diretamente o setor. A instabilidade econômica afeta não só o valor do frete, como também prejudica a manutenção da qualidade das estrada.
4. Segurança
Por último, mas não menos importante, temos a segurança, que é um aspecto bem desafiador. Em 2019, um comitê de cargas do Reino Unido realizou um estudo que apontou o Brasil como o 7º lugar no ranking de roubo de cargas de um total de 57 países analisados.
Em outro relatório, a BSI Supply Chain Services and Solutions pesquisou o roubo de cargas na América do Sul. No primeiro semestre deste ano, o Brasil concentrou 90% das ocorrências, sendo que, em 88% dos casos, era ataques a caminhões.
Confira as possíveis soluções para melhorar o escoamento do transporte rodoviário
1. Terceirize alguma etapa do processo
Delegar a competência a outra empresa para desenvolver algumas de suas atividades é uma opção muito comum na logística de distribuição. E isso, na prática, pode trazer muitas vantagens para o seu negócio.
Por exemplo, terceirizar galpões logísticos é uma ótima pedida para melhorar o escoamento da produção. Por quê? Bom, a localização desses centros de distribuição é estratégica. Com isso, a distância entre os clientes e seus produtos seja menor, o que torna o processo mais ágil.
Além disso, a terceirização garante outros benefícios para o seu negócio, como:
- Redução de custos;
- Simplificação dos processos;
- Aproveitamento de know-how;
- Proveito na utilização de equipamentos modernos do parceiro;
- Aumento na qualidade do serviço prestado.
2. Invista em tecnologia
Atualmente, existem diversos sistemas de gestão super eficientes. E, ao contrário do que muitas pessoas pensam, essas ferramentas valem muito a pena, apesar de serem pagas. Isso porque elas são muito úteis para garantir a assertividade das informações, automatizar tarefas e permitir uma gestão eficaz.
Outro ponto estratégico é que, ao automatizar processos, você consegue reduzir o trabalho maçante dos colaboradores e direcioná-los para desenvolver tarefas mais intelectuais e relevantes para o negócio.
Analisar a performance dos processos é mais do que necessário para manter a qualidade do serviço prestado e ter um controle disso, além de identificar onde você pode melhor no processo. Na logística, é possível utilizar a tecnologia para diferentes momentos do processo, como:
- Fazer a integração de processos;
- Aproximar empresas de parceiros;
- Rastrear cargas em tempo real;
- Realizar a gestão de fretes;
- Acompanhar o trabalho de transportadoras;
- Reduzir o tempo de ciclo dos pedidos;
- Gerenciar estoques;
- Melhorar o relacionamento com clientes;
- Controlar processos.
3. Faça um planejamento prévio de estoque
O planejamento prévio do estoque de mercadorias é essencial para garantir uma gestão eficiente de compras e um bom controle de vendas. Nesse estudo, vale a pena levantar duas variáveis importantes: a previsão de estoque e os custos de armazenagem.
4. Cuide das parcerias
Criar laços com parceiros é cada vez mais importante para garantir um bom trabalho em equipe. Mas não é só isso. Em meio a tanta oferta de prestação de serviços muito similares, as parcerias podem ser um excelente caminho para destacar o seu negócio.
Bom, já deu para perceber que vale a pena focar em ter um networking bacana, né? Segue algumas dicas para isso:
- Aumente os contatos e as cotações;
- Tente negociar pessoalmente com seus parceiros;
- Considere o custo-benefício dos serviços prestados;
- Analise o histórico dos parceiros;
- Seja transparente e honesto nas suas relações comerciais.
5. Elabore roteiros e mapas de entrega
Desenvolver roteiros e mapas de entrega faz parte de um bom planejamento de logística de distribuição. Isso porque, além de aumentar a eficiência do processo, a roteirização diminui erros e otimiza as finanças da empresa.
Assim, combinar coletas na rota de entrega, utilizar veículos maiores e adotar meios de entrega alternativos, por exemplo são ações simples, em tese, que devem ser adotadas pela equipe de operações, para que, dessa forma, sejam encontradas soluções satisfatórias relacionadas às entregas.
Bom, esses foram os principais pontos relacionados ao escoamento de carga. Entendeu por que é tão importante se preocupar com sistemas de gestão eficientes, capacitação de funcionários e planejamento logístico e financeiro? Esperamos que sim! Quer continuar descobrindo o mundo da logística? Continue por aqui! A gente sempre divulga informações e materiais como esse com o objetivo de te deixar o mais informado possível. Para acompanhar mais conteúdos informativos como esse, assine a nossa newsletter no box lateral.
Até a próxima!