by Mariana CarmeloSaiba como contornar o no-show de transportador em 6 passos
Alguns fatores podem atrapalhar o carregamento e prejudicar a logística do transporte de cargas. O no-show é um termo originalmente utilizado no modal de transporte aéreo, que se refere aos casos em que os passageiros compram a passagem e não comparecem. O termo continua com o mesmo significado quando aplicado para o modal rodoviário, mudando apenas as circunstâncias.
O que é no-show de transportador?
No-show de transportador é uma falha logística e resultado do não comparecimento do motorista no carregamento ou entrega da carga. Essa falta pode ser voluntária ou não e ocasiona desordem para o embarcador.
O no-show voluntário é quando o transportador não aparece para carregar ou descarregar e não apresenta justificativas para isso. Mudanças de rota durante o trajeto também podem se encaixar nesse quadro. Já o no-show involuntário acontece quando o motorista comparece no local porém é impossibilitado de carregar por falhas no caminhão ou na documentação apresentada. Também é considerada falta involuntária quando há outros tipos de justificativas para o no-show, como quando o motorista atrasa por ocorrência de enchentes e greves.
O não comparecimento voluntário e sem justificativa para carregar mostra descumprimento de contrato.
Seja qual for o motivo do no-show de transportador, é uma falha que deve ser prevenida e reparada. Veja como conseguir lidar com o no-show e não se prejudicar com a falta de motoristas.
6 passos para contornar no-show
1. Tenha um histórico
Antes mesmo de qualquer contratação começar, é válido que o embarcador saiba das qualificações do transportador. Para isso, é interessante ter referência de outros trabalhos e experiências. Por exemplo: você sabe se o seu transportador tem um histórico de prática de no-show? Você o conheceu por indicação? Pesquisou se algum outro embarcador já foi prejudicado por descumprimento de contrato? Procure essas respostas com antigos fornecedores ou colegas que já tenham realizado os serviços dos quais você se interessa.
2. Faça avaliação de performance dos fornecedores
Outra estratégia importante é manter um relatório da qualidade do serviço. Para isso, o gestor pode fazer uma média de comparação entre os fornecedores usando Indicadores-Chaves de Desempenho, as KPIs, para mensurar a qualidade do trabalho dos provedores. Assim, será possível identificar quais são os transportadores com melhor e pior desempenho e afinar cada vez mais a qualidade de serviço. Para começar esse relatório com os fornecedores e prevenir o no-show, você pode:
- Estabelecer o número de tolerância de no-show por transportador;
- Notificar o transportador sempre que houver no-show;
- Após muitas ocorrências de no-show e nenhuma correção por parte do fornecedor, notificar a transportadora do possível desligamento;
- Banir a transportadora quando atingir o número máximo permitido por no-show.
3. Aumente o número de transportadores no bid (e negocie os preços!)
Bid vem do inglês com algumas variações verbais mas, no geral, significa: oferecer. Esse termo aplicado ao universo do transporte refere-se a ofertas de carregamentos no formato de lances em que as transportadoras competem com para oferecer a melhor proposta. Basicamente, as interessadas em fazer o transporte oferecem um preço para o embarcador. Fecha o serviço de frete a transportadora que apresentar o melhor custo benefício.
Aumentar o número de transportadoras no bid ajuda a contornar o no-show. Uma vez que o embarcador ficará com mais de uma opção caso ela sofra no-show com a transportadora contratada primeiro. Isto é, ele pode criar uma seleção própria dos melhores fornecedores levando em conta: rota, qualidade de serviço, preço e características dos caminhões. Essas outras transportadoras que ficam de stand by na lista de seleção, serão as opções para recorrer quando a indústria sofrer no-show.
Além de dar noção de preço de mercado para o embarcador, o bid é também um espaço para negociações. É válido analisar as características desses transportadores (reputação no mercado, qualidade de serviço etc) antes de fechar negócio para não fazer contratações às cegas.
Estabeleça algumas regras a serem seguidas para fazer uma lista no bid, como: separação das transportadoras por rotas de coletas e entregas, necessidades específicas e outros. Isso facilitará na hora do embarque da carga.
4. Conte com um plano B de agendamento da coleta
Imagine que a sua indústria contratou um frete de São Paulo para o Rio de Janeiro e a transportadora contratada atrasou por conta de uma enchente e não conseguirá carregar o frete. O no-show nesse caso pode ser melhor gerenciado pelo controle de agenda.
Para isso, faça o cálculo do tempo para concluir determinada rota e acrescente uma margem de atraso. Entender as informações do lead time é essencial, porque com isso é possível saber o período entre o início da atividade e o término da mesma. Dessa forma, estendendo o tempo da janela de carregamento e mesmo com possíveis atrasos, não será configurado no-show.
Mesmo seguindo todos os passos que foram dados até aqui para prevenir e contornar no-show, ainda existe uma alternativa para você evitar essa falha logística: aumentar o prazo para ter margem de erro. Para isso, os setores dependentes devem estar alinhados, são eles: entrega, recebimento e operações.
Pode-se calcular essa prolongação por dias úteis, por exemplo, para operações que demandam mais de uma semana. Para operações menores, o embarcador pode alinhar o tempo ideal de prolongação com uma reunião para entender o que cada setor precisar em relação a prazo. O importante é não frustrar nenhum setor com demoras acima do necessário.
5. Tenha uma frota virtual de motoristas
Além de ser a forma mais inovadora para contratação de motoristas autônomos, uma plataforma online oferece mais disponibilidade de caminhões.
O TruckPad, por exemplo, é uma ferramenta online de contratação de motoristas que disponibiliza a avaliação da performance e reputação dos motoristas. Isso facilita para o embarcador saber que tipo de qualidade de serviço pode-se esperar. Com essa avaliação o embarcador consegue ter mais confiança na hora de contratar. Ainda oferece um grande diferencial: acompanhamento da rota online.
[minti_button link=”https://www.truckpad.com.br/?utm_source=blog-empresas&utm_medium=social&utm_campaign=180420-truckpad-home&utm_term=empresa&utm_content=cta” size=”full” target=”_blank” lightbox=”false” color=”color-2″ icon=””–>Cadastre-se no TruckPad[/minti_button]
Além do que, contratar caminhoneiros autônomos por uma frota online dá ao embarcador maior praticidade e agilidade de contratação. No TruckPad os caminhoneiros que estiverem mais próximos da carga e que corresponderem às exigências do caminhão são os primeiros a serem acionados. Sem contar que o alcance digital permite que a oferta de carga chegue em motoristas em regiões mais isoladas.
O TruckPad também oferece uma ferramenta de business intelligence (BI) que ajuda a acompanhar toda a performance do transporte feito pelos motoristas da plataforma. Acompanhar a geolocalização dos motoristas (sem precisar acessar a Gerenciadora de Riscos ou o Rastreador) e entender a competitividade do seu preço de frete são algumas das vantagens dessa ferramenta.
6. Seja honesto com seu time e clientes
O atraso no prazo de entrega atrapalha a logística e impacta diretamente em outros times e, consequentemente, os clientes. Por esse motivo, é importante ter uma comunicação clara e mesmo para falar das falhas. Sempre que algum no-show for identificado, deverá ser avisado na linha dos setores que serão prejudicados primeiro (vendas, administrativo e assim por diante).
Em todos os casos a honestidade é um coringa para ajudar a contornar o no-show, e também mostra profissionalismo. Sem contar que esse conjunto evita dor de cabeça e taxas que podem ser cobradas como multas por atrasos.
Deixe claro as exigências que você busca. Mas principalmente, sinta confiança no trabalho que você está prestes a pagar.
Você já sofreu com no-show? Como solucionou essa falha logística? Conta nos comentários!