Quanto ganha um caminhoneiro: profissional, autônomo ou CLT
Quanto ganha um caminhoneiro? O salário de caminhoneiro pode variar bastante dependendo da empresa em que ele atua, seu tempo de experiência, jornada de trabalho e também da região onde trabalha.
Mas, de maneira geral, em 2019, o piso do caminhoneiro salário foi de R$ 2.401 (média do piso salarial de acordos, convenções e dissídios). A mediana salarial foi de R$ 1.926, e o teto, R$ 2.964,72. Vale ressaltar que esses números levam em consideração os profissionais com carteira assinada em regime CLT, ou seja, aqueles que possuem um contrato trabalhista com uma organização e não os caminhoneiros que atuam como autônomos.
Apesar desses valores fixos, existe uma variação de empresa para empresa. Por conta disso, para apresentar uma noção melhor da realidade brasileira do setor, neste artigo, nós vamos:
– trazer dados recentes de uma pesquisa conceituada da CNT sobre a média dos salários dos caminhoneiros;
– mostrar o perfil desses profissionais que dirigem todos os dias pelas rodovias brasileiras;
– diferenciar a realidade salarial dos caminhoneiros CLTs e dos autônomos;
– conversar sobre os principais desafios desses profissionais em relação à salário, valores dos benefícios e descontos dos gastos de combustível e frete.
Entenda a diferença entre um caminhoneiro contratado e um autônomo
Basicamente existem essas duas modalidades relacionadas a profissão de quem está à frente dos caminhões no Brasil. O motorista autônomo é aquele que trabalha de maneira independente de empresas.
Na linguagem popular, ele é o chamado “seu próprio patrão”. Ou seja, ele pode atuar em diferentes serviços de transporte ao mesmo tempo se quiser e/ou tiver disponibilidade, não possui contrato de exclusividade com uma organização apenas, nem precisa estar à disposição da empresa para realizar seus serviços. Além disso, ele tem liberdade para selecionar os transportes, as cargas e as empresas que quer trabalhar. Com isso, seu salário pode variar de acordo com o fluxo de demanda que ele atender.
Por outro lado, o caminheiro CLT – lembrando que CLT é a forma abreviada de Consolidação de Leis Trabalhistas – é aquele contratado por uma organização. Ao contrário do caminhoneiro autônomo, o motorista CLT precisa obedecer uma série de diretrizes da organização a qual faz parte, entre elas:
– estar alinhado à cultura organização e aos valores;
– seguir a jornada de trabalho estabelecida no contrato – às vezes, é necessário bater ponto, isto é, informar o horário de entrada e saída do serviço -;
– estar disponível para realizar o transporte de todas as cargas necessárias, para destinos combinados previamente ou não.
Além disso, nesse caso, a renda do motorista é fixa, ou seja, ela não vai variar dependendo da demanda. Na prática, se o caminhoneiro realizar mais transportes em um determinado período do que no outro, não haverá nenhum impacto em relação à renda. Os caminhoneiros contratados por empresa também podem receber benefícios, como plano de saúde, por exemplo.
Mas, afinal de contas, quanto ganha um caminhoneiro CLT por mês?
De acordo com a última pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), denominada Perfil dos Caminhoneiros 2019, os motoristas empregados têm, em média, salários mensais de R$ 3.720,26.
E os caminhoneiros autônomos, quanto eles costumam receber por mês?
Bom, de acordo com a mesma pesquisa, os motoristas autônomos costumam faturar uma média de R$ 5.011,39 por mês. Encontre na nossa ferramenta de fretes opções para carregar agora!
Saiba mais sobre a pesquisa da CNT
O que é esse estudo?
A Pesquisa Perfil dos Caminhoneiros contém informações gerais sobre o profissional e a sua atividade de trabalho. A edição de 2019, divulgada em janeiro do ano passado, ouviu 1.066 caminhoneiros (autônomos e empregados de frota), em todas as regiões do Brasil. Essa é a 7ª edição de pesquisa que traz dados sobre a rotina, o mercado de trabalho, as dificuldades e as principais demandas desses trabalhadores
Confira dados relacionados a jornada de trabalho deles
Os motoristas, em média, rodam 9.561,3 quilômetros rodados por mês, sendo os autônomos 9.070,8 km, e os caminhoneiros empregados de Frota 10.562,7 km. Além disso, em relação às horas trabalhadas, há certo equilíbrio entre os dois: – enquanto os autônomos têm uma jornada de 11,6 horas, os empregados de frota costumam ter uma de 11,1 horas. Ambos em média trabalham em 5,7 dias por semana e tem 7,1 horas de sono por dia.
E em relação aos veículos? Veja dados relacionados ao tema
A idade média em relação ao caminhão pode variar. No caso dos caminhoneiros autônomos, o veículo tem, em média, 18,4 anos e geralmente é obtido por meio de financiamento de acordo com os profissionais entrevistados.
47% dos entrevistados autônomos realizaram esse meio de pagamento. Já os veículos utilizados pelos caminhoneiros de frete costumam ser mais novos: em média, tem 8,6 anos.
Idade média e gênero dos caminhoneiros brasileiros ativos
Os motoristas autônomos, de acordo com a pesquisa, costumam ser mais velhos. Tem, em média, 46,5 anos. Já os caminhoneiros empregados geralmente tem 41,5 anos. Além disso, 99,5% em média dos profissionais se identificam com o gênero masculino.
Quais os principais desafios e reivindicações?
De acordo com a pesquisa, como as principais entraves, estão:
– Assaltos e roubos: 64,6%
– Custo do combustível: 35,9%
– Valor do frete: 27,4%
E como reivindicações, estão:
– Redução do preço do combustível: 51,3%
– Mais segurança nas rodovias: 38,3%
– Financiamento oficiais a juros mais baixos para a compra de veículos: 27,4%
– Aumento do valor do frete: 26,2%
E aí, gostou do texto? Esperamos que sim. Neste artigo, nos esforçamos para trazer dados atuais e confiáveis sobre esses profissionais que são tão importantes para o dia a dia dos brasileiros e das empresas: os caminhoneiros.
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Até a próxima!